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sábado, 19 de maio de 2012

O MAC vai à UNIFOR, em Formiga - MG

No dia 18 de maio o diretor do MAC, o arqueólogo Gilmar Henriques e o auxiliar de pesquisa Edivaldo Alves estiveram representando o museu na cidade de Formiga - MG, em um evento de divulgação científica junto a alunos e professores do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universítário de Formiga (UNIFOR). O evento foi organizado pela Coordenação do curso, na pessoa do Prof. Leyser Rodrigues, e contou ainda com a participação do geólogo Me. Luciano Versiani.

Em uma feliz consonância com a 10ª. Semana de Museus, cujo tema é: "Museus em um Mundo em Transformação - novos desafios, novas inpirações", o evento pretendia apresentar novos desafios e  perspectivas na busca do necessário equilíbrio entre a preservação do patrimônio natural e cultural e o desenvolvimento econômico no Brasil, utilizando-se para tanto de exemplos palpáveis da região de Formiga - MG, aonde vive e trabalha a maior parte dos estudantes do curso.

Luciano Versiani fez uma densa exposição sobre o a geologia e geomorfologia de sistemas cársticos, utilizando-se de um vasto acervo de dados e exemplos, fruto de pesquisas realizadas no território do Carste do Alto São Francisco. Foram apresentados inúmeros problemas que são resultado da ocupação humana que cada vez mais se expande e que, em determinados casos, sobrecarrega os sistemas cársticos de várias regiões do globo.
 
1. Estudantes e professores do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UNIFOR. 2. Palestra sobre arqueologia regional. 3. Palestra sobre a geologia regional. Clique na imagem para ampliar.
Gilmar Henriques fez uma exposição sobre o contexto histórico em que surge no Brasil a noção de proteção ao patrimônio cultural e como isso se traduziu na forma de leis federais que, num crescendo de detalhes e perspectivas, vieram sendo promulgadas desde a década de 1930, passando pelos anos 60 e 80 e culminando na publicação, em 2002, da Portaria IPHAN nº. 230, que normatizou a pesquisa arqueológica realizada no âmbito do licenciamento ambiental de empreendimentos variados.

A exposição foi toda ilustrada com exemplos de pesquisas realizadas no território do Carste do Alto São Francisco. Henriques aproveitou para divulgar o patrimônio arqueológico da região e as ações do MAC, na cidade de Pains - MG. Esta atividade integrou a participação do museu na 10ª. Semana de Museus, evento de amplitude nacional, fomentado pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Na ocasião foram distribuídos entre os presentes exemplares do Guia com a relação dos eventos que vêm sendo realizados nesta semana em museus espalhados por todo o país.
    
Clique aqui para baixar os slides sobre a legislação federal de proteção ao patrimônio arqueológico e as ações do MAC.
     
Clique aqui para baixar os slides de geólogo Luciano Versiani sobre a geologia e geomorfologia regional.
    
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Visita da Escola Dorvina Teixeira Arantes, de Arcos - MG

No dia 17 de maio o MAC recebeu 40 alunos de Ensino Fundamental (4º. e 5º. anos) da Escola Municipal Dorvina Teixeira Arantes, de Arcos - MG, juntamente com as Professoras Maria das Graças Rodrigues e Isalúcia  de Andrade Vaz.

Todo o grupo participou de uma visita guiada à nossa exposição permanente, intitulada "Pré-histórica do Carste do Alto São Francisco: 12.000 anos a serem desvendados". Cada integrante recebeu um guia IBRAM 10ª. Semana de Museus. Os estudantes e professoras puderam conhecer o laboratório de arqueologia, aonde é feito nosso trabalho de pesquisa, e assistiram a uma palestra sobre a arqueologia regional e as ações do MAC, desde sua inauguração em 2010, ministrada pelo arqueólogo Gilmar Henriques.

Estas atividades integraram a participação do MAC na 10ª. Semana de Museus, evento de amplitude nacional, fomentado pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), e cujo tema da edição de 2012 é: "Museus em um Mundo em Transformação - novos desafios, novas inpirações".

Visita dos alunos da Esc. Mun. Dorvina Teixeira Arantes (3). 1 e 2. Área externa do museu. 4 e 5. Visita guiada à exposição permanente. 6. Visita guiada ao laboratório de arqueologia. Clique na imagem para ampliar.

Clique aqui para baixar os slides de Gilmar Henriques sobre a Arqueologia regional e as ações do MAC. 
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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Gruta dos Índios foi escavada por preguiças gigantes

Publicado na Gazeta em 30/04/2012 - 09h41
Sugestão de Lucélio Nativo 
Pesquisadores da UFRGS descartam que local tenha sido obra de indígenas
Luana Rodrigues
luana.rodrigues@gaz.com.br
 
A Gruta dos Índios de Santa Cruz do Sul é, na verdade, uma paleotoca. A constatação foi feita por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), integrantes do Projeto Paleotocas, coordenado pelo professor Francisco Buchmann. O geólogo Heinrich Frank e a graduanda de Geologia Camila Althaus estiveram no local na semana passada e, após a análise das feições existentes nas paredes da gruta, de um levantamento fotográfico e de uma avaliação da fauna, chegaram à conclusão de que o local é uma paleotoca, ou seja, um abrigo subterrâneo cavado por preguiças gigantes da chamada megafauna. Os dados obtidos foram comparados aos do banco de dados do projeto disponível em www.ufrgs.br/paleotocas.

Em todo o continente Sul-Americano existiam, até 10 mil anos atrás, animais de grande porte conhecidos como megafauna. Eram mastodontes, camelos, cavalos, ursos, tigres, lhamas, um animal semelhante a um rinoceronte sem chifres (Toxodon), preguiças gigantes e tatus gigantes. As preguiças gigantes tinham pesos a partir de 800 kg, portes de um touro adulto e patas com garras do tamanho de uma picareta.

Na região existem paleotocas em Boqueirão do Leão, Bom Retiro do Sul, Agudo, Tabai e em Fazenda Vilanova. Conforme os pesquisadores da UFRGS, devem existir outros locais semelhantes em Passo do Sobrado e Vale Verde, onde os morros areníticos são muito propícios à existência e preservação de paleotocas.

Para os pesquisadores, o reconhecimento da gruta de Santa Cruz do Sul como paleotoca ajuda a compreender a origem destas cavidades e a concluir sobre o modo de vida das preguiças gigantes. Os dados coletados serão comparados às paleotocas de Santa Catarina e Minas Gerais, onde já foram localizadas várias com as mesmas dimensões. Em breve, a equipe voltará ao local para efetuar uma medição detalhada das câmaras preservadas no fundo da gruta.

Leia mais na Gazeta.
Foto: Divulgação