Modelo 3D - Cálice funerário Jê

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

No Brasil, um continente de monoculturas banhado em agrotóxicos

Atlas da Contaminação 2017, de Larissa Bombardi, da USP, descortina toda a violência silenciosa no campo brasileiro, que intoxica bebês e crianças, causa câncer e outras doenças, malformações e morte.

Leia a reportagem completa (clique aqui)

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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

I Mostra do Patrimônio Cultural de Tapira-MG

Alexandre Hering
Arqueologika Consultoria Científica

Na próxima terça-feira estaremos inaugurando a I Mostra do Patrimônio Cultural de Tapira/MG. Um trabalho que iniciou-se há 6 anos e teve nossa presença constante durante todo este ano de 2017. Nossa equipe de educadoras, Tereza Parente e Luísa Maciel, junto com a população, Semed, Prefeitura e Vale desenvolveram ações voltadas à valorização, reconhecimento e remapeamento dos patrimônios materiais e imaterias existentes na comunidade. Foram muitos módulos, palestras, atividades e ações no intuito de se construir um mapa cultural do município de Tapira. Este cartaz já mostra um pouco do que os alunos fizeram.

Convidamos a todos que estiverem na região para prestigiar o evento.

Clique na imagem para ampliar.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

11ª Primavera de Museus: museus e suas memórias

Já começaram os preparativos para a 11ª Primavera dos Museus! De 14 de julho a 14 de agosto de 2017, museus e outras instituições culturais poderão se inscrever para participar dessa ação coordenada pelo Ibram.

Mais informações: http://eventos.museus.gov.br/



segunda-feira, 15 de maio de 2017

"MARCA DE FOGO": lançamento do livro em Pains, dia 19!

O MAC convida a todos para o lançamento do livro "Marca de Fogo: quilombos, resistência e a política do medo - Minas Gerais, século XVIII", que acontecerá no próximo dia 19, sexta-feira, a partir das 18h. Na oportunidade, o autor do livro, Prof. Pablo Lima, irá ministrar uma palestra sobre sua pesquisa e responderá a perguntas do público.

A obra, publicada pela Editora Nandyala, faz uma revisão crítica da historiografia sobre quilombos no período inicial de formação de Minas Gerais. Mais especificamente, o autor aborda o tema do medo registrado por parte dos colonizadores em relação à resistência negra contra a escravidão.

Pablo L. Lima pesquisa história dos quilombos desde 2003. Em 2008 concluiu sua tese de Doutorado em História na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com estágio na Universidade de Columbia, EUA, trabalho que deu origem ao livro. Atualmente é professor da Faculdade de Educação (FAE/ UFMG), atuando nos cursos de História, Pedagogia, Licenciatura e Educação do Campo (LeCampo), Formação intercultural de Educadores Indígenas (FIEI) e no Programa de Mestrado Profissional.

Para ele, seu livro é relevante por trazer à luz aspectos sombrios da realidade mineira ao longo do século XVIII. A obra aborda um assunto que perpassa a sociedade brasileira até os nossos dias: as relações de dominação articuladas a questões étnicas e sociais herdadas do período escravista.

Clique na imagem para ampliar.

O lançamento do livro Marca de Fogo constitui um dos eventos da programação do MAC para a 15ª Semana Nacional de Museus, temporada cultural promovida pelo IBRAM entre os dias 15 e 21 de maio. O tema abordado pela obra casou perfeitamente com o tema da Semana de Museus deste ano: "Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus".

15ª Semana Nacional de Museus / Evento:
Lançamento do livro e palestra/debate:
Marca de Fogo: quilombos, resistência e a política do medo - Minas Gerais, século XVIII
Editora Nandyala
282 p., ilustrado.
Local:
Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco (MAC)
19 de abril, a partir das 18h
Endereço:
Rod. MG-439, nº. 1.000
Centro
Pains - MG
(Saída para Formiga/Arcos)
Entrada Franca!

Informações:
Tel.: (37) 3323-5112
e-mail: mac@pains.mg.gov.br

X SIMPÓSIO DE ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO DO IPHARJ


Temos a grata satisfação em informar que será realizado na sede do Museu da Humanidade / Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ) no dia 20 de Maio de 2017 (sábado), o X Simpósio de Arqueologia e Patrimônio do IPHARJ.

Sendo assim, temos o imenso prazer em convida-lo a fazer uma breve conferencia de 40 a 50 minutos sobre um tema de seu conhecimento e agrado que gire entorno do Patrimônio Fluminense e que abranja um dos seguintes aspectos:

1) História e Histórias de determinado bem ou conjunto de bens da região Fluminense;
2) Restauração e Conservação do Patrimônio Material (Edificado ou Móvel) ;
3) Ações de Preservação, Estratégias de Defesa ou Promoção do Patrimônio;
4) Transformações e Descaracterizações do Patrimônio Material Edificado;
5) Riscos, saques e danos ao patrimônio Material;
6) Abandono e Denúncia

Promovido com a chancela do Instituto Brasileiro de Museus –IBRAM, este ano o tema é "Museus e Histórias Controversas – dizer o indizível em museus", tema definido pelo Conselho Internacional de Museus (Icom) para celebrar o Dia Internacional de Museus (que é celebrado no dia 18 de maio de 2017 ).

No dia 20 de Maio, alem do Simpósio teremos a inauguração de uma exposição inédita sobre Arte Sacra e Colonial, com o acervo do Museu da Humanidade e com a participação de obras de colecionadores e de outras entidades.


Programação do X Simpósio será como abaixo:

Horário               
Programação
10:00  as 10:10 h
Credenciamento
10:10 as 11:00 h
Palestra 1
11:00 as 11:40  h
Palestra 2
11:40 as 12:00  h
Espaço para perguntas
12:00 as 13:50 h
Horário para almoço
14:00  as 14:40 h
Palestra 3
14:40 as 15:20 h
Palestra 4
15:20 as 15:50 h
Coffee Break
15:50 as 16:40 h
Palestra 5
16:40 as 17:20 h
Palestra 6
17:20 as 18:00 h
Espaço para perguntas e Mesa Redonda
18:00 as 18:30 h
Lançamento da Cartilha de Educação Patrimonial
de Jandira Neto
(Diretora do Instituto de Arqueologia Brasileira)
18:30 as 18:40 h
Entrega dos certificados
18:40 as 20:00 h
vin d’honneur

Com numero de participantes limitado a 60 pessoas, as inscrições estão abertas e o Simpósio será realizado das 10:00 as 20:00 h.

Durante todo o dia estará disponibilizada a visita à exposição comemorativa dos 27 anos de fundação do IPHARJ, “A TERRA, A ÁGUA E O FOGO: CERAMICAS HISTÓRICAS E ARQUEOLÓGICAS DO MUNDO”, mostrando o desenvolvimento da arte e das técnicas da produção da cerâmica desde a Pré-história ate o Século XIX.

Informações:
Local: Museu da Humanidade / IPHARJ - Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro
Endereço: Av Chrisostomo Pimentel de Oliveira 443, B1, Anchieta,
CEP 21 645 521, Rio de Janeiro , RJ
Contribuição para participantes, exceto Conferencistas: R$ 20,00 (Inscriçao antecipada)
Almoço livre no Restaurante Excalibur, em Anchieta

Realização:
Museu da Humanidade e Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro

Apoio Cultural:
Profa Carenina Sudó Franco
Terra Brasilis Arqueologia Ltda
Instituto Brasileiro de Arqueometria e Arqueologia Aplicada – IBAAP
Plataforma EVoCH – Espanha

Informações e contatos:
Email: pradodemello@hotmail.com
Celular: 99188 4880 (Claro) , 98837 6289 (Oi)

FICHA DE INSCRIÇÃO

Nome completo:
Escolaridade ou Formação:
Endereço de email:
Telefones:     Fixo  (     )
Celular (     )              (  )Tim, (  )Claro, (  )Oi, (  )Nextel, (  )Vivo
Interesses:
Endereço para correspondência:
CEP:
Data:      /      / 2017
Assinatura ( ou nome ):

Inscrição mediante o preenchimento da Ficha de Inscrição e envio antecipado do scan para o email abaixo.
Informações pelo email : pradodemello@hotmail.com

CERTIFICADOS entregues ao final do evento para os que cumprirem 75% de presença.
DECLARAÇÕES DE CARGA CULTURAL somente com envio de dados com antecedência de 24 h.


Claudio Prado de Mello ( Prof.Ms)
Arqueólogo e Historiador
Conselheiro Municipal de Cultura do Rio de Janeiro
Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do RJ
Museu da Humanidade - IPHARJ
Terra Brasilis Arqueologia
(21) 99188 4880 -Claro
Sede: 21 3358 0809, 3012 4909

terça-feira, 9 de maio de 2017

15ª Semana Nacional de Museus - 15 a 21 de maio

Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus


Programação em Pains


De 15 a 21 de maio acontece a 15ª Semana Nacional de Museus, temporada cultural promovida pelo Ibram em comemoração ao Dia Internacional de Museus (18 de maio). Nessa edição, mais de mil museus de todo o país oferecem ao público 3.000 atividades especiais, como visitas mediadas, palestras, oficinas, exibição de filmes e muito mais!



Consulte a programação em: guiadaprogramacao.museus.gov.br.
Obs.: a programação do MAC está na página 186.

Clique na imagem para ampliar.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Exposição sobre os povos Matis e Marubo recebe mais de 1.000 visitantes

1. Artefatos matis e marubo expostos no MAC. Foto: G. Henriques, mai. 2016

Inaugurada em fevereiro de 2016 (veja aqui), a exposição temporária "Uma incursão pela Terra Indígena Vale do Javarí: os povos Matis e Marubo" recebeu mais de mil e trezentos visitantes ao longo do ano. Seu objetivo foi divulgar o patrimônio cultural indígena com foco em dois povos falantes de línguas da família Pano, e que vivem em uma das regiões mais remotas de nosso país.

A  Terra Indígena Vale do Javari é a segunda maior área indígena do Brasil e está situada na região do alto Solimões, no sudoeste do estado do  Amazonas, próxima à fronteira do Brasil com o Peru. Esta área foi reconhecida como Terra Indígena em 1999, demarcada fisicamente em 2000 e homologada em maio de 2001. Abrange áreas drenadas pelos rios Javari, Curuçá, Ituí, Itacoaí e Quixito, além dos altos cursos dos rios Jutaí e Jandiatuba, compreendendo terras dos municípios brasileiros de Atalaia do Norte, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença e Jutaí.

A área ocupada pelos Matis é uma faixa que se estende do médio curso do rio Ituí, passando pelo alto curso do rio Coari, afluente da margem direita do Ituí, até o médio rio Branco, afluente da margem esquerda do rio Itacoaí. Já os Marubo vivem no alto curso dos rios Curuçá Ituí. É uma região cheia de pequenas colinas, com cimos ligados entre si por cristas e cobertas pela floresta amazônica.

2. A exposição conta com artefatos e painéis temáticos com fotos e textos. 3. Zarabatana matis com mais de 3 metros de comprimento, trazida diretamente do Vale do Javari. 4. Aljava, estojo de dardos envenenados utilizados na zarabatana. 5. Aspecto e detalhe dos dardos com o veneno curare. 6. Detalhe de maxilar de piranha, utilizado para afiar as pontas dos dardos. Fotos: G. Henriques, mai. 2016.
A exposição foi uma iniciativa do MAC, tendo sido concebida e planejada pelo arqueólogo Gilmar Henriques, reúne sete painéis temáticos com textos adaptados da Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil, editada pelo Instituto Socioambiental (ISA), os quais estão articulados com dezenas de fotos do acervo pessoal de Elisson C. Alves. Este acervo fotográfico retrata o dia a dia nas comunidades Matis e Marubo. Foi produzido ao longo de seis anos, período em que Elisson trabalhou periodicamente na TI Vale do Javari como enfermeiro da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

Com o passar do tempo, e em função desta convivência, ele ganhou vários presentes dos indígenas, doando ao MAC alguns artefatos (veja aqui) e cedendo outros especialmente para a realização desta exposição temporária, a qual apresenta: uma zarabatana com mais de três metros de comprimento e seu respectivo estojo de dardos envenenados com curare, uma borduna, um arco e duas flechas e uma máscara cerimonial de cerâmica, todos esses artefatos Matis, além de dois pequenos vasilhames cerâmicos e uma lança em peça única, inteiriça, feita sobre o cerne de uma palmeira, sendo esses artefatos Marubo.

A exposição conta com algumas armas artesanais ainda utilizadas pelos indígenas nos dias atuais. 7. Nela pode ser vista uma lança marubo fabricada sobre peça interiça, feita do cerne de uma palmácea. 8. Arco e flechas matis, ainda hoje utilizados em suas caçadas. 9. a 11. As armas contam com folhetos explicativos que trazem informações sobre a fabricação e o uso destes artefatos. Fotos: G. Henriques, mai. 2016.

A montagem desta exposição temporária foi muito oportuna para divulgar culturas indígenas de uma das áreas mais remotas do país para um público que teria reduzidas possibilidades de entrar em contato com tal tipo de conhecimento. Os povos Matis e Marubo, da Terra do Javari,  habitam o extremo oeste do Estado do Amazonas, que fica a uma distância em linha reta superior a 3.000 quilômetros da cidade de Pains e região. Exposições como essa, que possibilitem este tipo de intercâmbio, são muito importantes em um país de dimensões continentais como o nosso, no qual as pessoas em geral tem pouca consciência da dimensão e diversidade de nosso patrimônio cultural.

Faça o download de dois painéis da exposição!
Leia sobre a organização espacial das aldeias e as técnicas de construção das grandes casas comunais dos povos Matis e Marubo. Acompanha um folheto com dados para contato com o MAC, sua localização e horários de funcionamento.



Para saber mais:



Arisi, Bárbara M. Matis e Korubo: contato e índios isolados, relações entre povos no Vale do Javari, Amazônia. Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. Florianópolis: Centro de Filosofia e Ciências Humanas/UFSC, 2007. 148 p.
Chiara, Vilma. Armas: base para uma classificação. In: Ribeiro, B. (Coord.). Suma etnológica brasileira: tecnologia indígena. v. 2. Petrópolis: Vozes / Finep, 1986. p. 117-38.
Costa & Malhano. A habitação indígena brasileira. In: Ribeiro, B. (Coord.). Suma etnológica brasileira: tecnologia indígena. v. 2. Petrópolis: Vozes / Finep, 1986. p. 27-92.
Erikson, Philippe. Uma singular pluralidade: a etno-história Pano. In: Carneiro, M. (Org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Fapesp / Companhia das Letras / Sec. Mun. de Cultura de São Paulo, 1992. p. 239-52. 

SESAI - Secretaria Especial de Saúde Indígena
Centro de Trabalho Indigenista & Instituto Socioambiental. Saúde na Terra Indígena Vale do do Javari. Diagnóstico médico-antropológico: subsídios e recomendações para uma política de assistência. CTI / ISA, out. 2011. 134 p.

   

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Pains é tema do programa Viação Cipó

O patrimônio natural e cultural de Pains foi tema do programa televisivo Viação Cipó, do canal SBT/Alterosa. O programa abordou a história do município, suas cavernas, fazendas antigas, a culinária, nosso grupo de capoeira Legado do Alaor, o Parque Municipal Dona Ziza e a banda de música Santa Cecília.

O Viação Cipó também destacou a riqueza de nossa história indígena e arqueologia regional visitando o MAC (Bloco 2) e o sítio arqueológico Posse Grande (Bloco 3). O programa é exibido aos domingos às 10h:00, com reprise aos sábados às 08h:30.








sábado, 10 de dezembro de 2016

I Simpósio de Arqueologia dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri



Site será lançado esta semana.
Palestra Magna será ministrada pelo Prof. André Prous, UFMG.
Palestra de encerramento pela Profa. Fabíola Silva, USP.
Em breve serão divulgadas as mesas-redondas e grupos de trabalho.
ALUNOS DE ARQUEOLOGIA, HISTÓRIA, CIÊNCIAS SOCIAIS E ÁREAS CORRELATAS: IMPERDÍVEL!!!!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) manifesta seu repúdio à PEC 65/2012

A Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) vem a público manifestar seu repúdio a Proposta de Emenda à Constituição 65/2015 que extingue o processo de licenciamento ambiental de obras públicas, colocando em risco o Patrimônio Arqueológico brasileiro, impactando as populações indígenas, quilombolas e tradicionais do Brasil.

Com a justificativa de “para assegurar a continuidade de obra pública após a concessão da licença ambiental”, o senador Acir Gurgacz (PDT/RO), propôs a PEC em dezembro de 2012 e seu parecer favorável, elaborado pelo senador Blairo Maggi (PR/MT), foi aprovado no dia 27/04/2016 na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ).

A proposta segue para a apreciação no plenário do Senado, onde ainda pode sofrer alterações.

Em face a tragédia de Mariana que marcará para sempre o Brasil, a SAB acredita que suprimir a exigência do licenciamento ambiental em obras públicas acabará deixando ainda mais suscetíveis a tragédias como a de 2015, ameaçando, da mesma maneira, o meio ambiente, o patrimônio arqueológico e as comunidades. À que custo aceleraremos obras no país? Ao final, essas obras representarão mesmo o desenvolvimento do Brasil ou no futuro lamentaremos outros desastres?

Dessa maneira, conclamamos os arqueólogos a votarem massivamente na pesquisa realizada pelo Senado a respeito da PEC 65/2012 e na petição do Avaaz:


Além das articulações com os senadores parceiros, SAB também está enviando cartas a cada um dos 81 senadores e à ouvidoria do Senado e pede para que seus sócios façam o mesmo. Envie mensagens contrárias à PEC 65/2012 à ouvidoria do Senado por meio do site http://www12.senado.leg.br/institucional/ouvidoria e mande e-mails aos senadores, os contatos podem ser encontrados em http://www.senado.gov.br/transparencia/LAI/secrh/parla_inter.pdf




Flávio Rizzi Calippo
Presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Gestão 2016 - 2017

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Modelo 3D para as pinturas do abrigo Posse Grande

G. Henriques

Fruto de uma parceria entre a empresa Rolling Drone Geotecnologias e o Museu Arqueológico do Carste (MAC), foi feito um modelo 3D (em três dimensões) do painel de pinturas rupestres do abrigo de Posse Grande, um sítio arqueológico localizado no Distrito de Corumbá, na divisa entre os Municípios de Arcos e Pains - MG. Talvez o sítio arqueológico mais significativo em termos de quantidade e diversidade de grafismos rupestres de todo o Carste do Alto São Francisco, território que ocupa uma área com cerca de 1.500 km².

Seu painel de pinturas rupestres apresenta centenas de figurações. Os temas representados são majoritariamente zoomorfos (animais), seguidos de figuras abstratas e antropomorfos (humanas). As cores predominantes são o vermelho, o amarelo e o branco.

Os temas representados alinham estas pinturas com a Tradição Planalto, a qual tem ampla dispersão no Planalto Central. Mas o fator que as destoa de registros semelhantes em outras regiões é a combinação de duas cores contrastantes, além da utilização de preenchimentos elaborados. Esta forma de tratamento colorido evoca a Tradição São Francisco, presente em todo o vale do rio homônimo.

Essas pinturas podem ser interpretadas como representações ritualísticas de passagens do cotidiano de grupos caçadores-coletores do Período Arcaico, que teriam ocupado a região entre 9.000 e 7.000 anos atrás. As representações de cervídeos flechados, por exemplo, evocariam cenas de caça. As figuras humanas poderiam estar representando tanto indivíduos com pintura corporal, quanto divindades mitológicas.

Clique na imagem para ampliar. 1. Painel principal com pinturas rupestres, sítio arqueológico Posse Grande. 2 e 3. Operação do drone para o levantamento fotogramétrico, que consiste na captação sistemática de imagens.

O modelo 3D permite que qualquer pessoa, em qualquer parte do globo, a partir de um computador, possa fazer uma visita ao sítio arqueológico, contemplando as pinturas em um ambiente virtual que simula a tridimensionalidade do painel com alta fidelidade. É uma tremenda ferramenta de divulgação do patrimônio cultural arqueológico de nossa região, funcionando ainda como ferramenta de pesquisa tanto para estudantes quanto para profissionais do meio.

Todo o trabalho de levantamento fotogramétrico e elaboração do modelo 3D foi feito por Paulo Rodrigo Simões, da Rolling Drone Geotecnologias. O MAC forneceu acesso a seu acervo e assessoria técnica através do arqueólogo da instituição, Gilmar Henriques, que municiou o modelo com informações e textos sobre o sítio arqueológico e seu registro pictural.

Para ver o Modelo 3D do sítio arqueológico Posse Grande em português clique aqui.

Para ver o Modelo 3D do sítio arqueológico Posse Grande em inglês clique aqui.