Fernando Brant / Divulgação. |
O Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco vem prestar
homenagens a Fernando Brant, falecido nesta sexta, dia 12. A obra de Brant, lapidada ao longo dos anos em que integrou o Clube da Esquina, contribuiu para transformar a Música Popular Brasileira em uma expressão artística sofisticada, reconhecida internacionalmente.
Ao lado de Nelson Ângelo, Márcio Borges e Milton Nascimento, conseguiu libertar suas composições das amarras parnasianas e românticas que caracterizavam as obras artísticas que abordaram o tema indígena no Brasil, fazendo-o de uma maneira que beirava o folclore. Ele conseguiu abordar esse assunto em suas canções de uma forma inteligente e sincera, expressando sensibilidade, delicadeza e, por vezes, todo seu estranhamento.
Já publicamos algumas considerações sobre certas composições do Clube da Esquina que abordam o tema indígena, incluindo obras de Fernando Brant. Veja e ouça: Canoa Canoa, canção que entoa loas aos Ava Canoeiro; Promessas do Sol que nos traz o olhar do indígena para conosco. E também Testamento, na qual um grande Chefe nos relata seu testemunho, recomendações e epitáfio.
O MAC aqui se despede de Fernando Brant com uma canção que, apesar de não abordar o tema do índio, fala um pouco da vida de todos nós. A canção 'O Homem da Sucursal' foi gravada pela primeira vez por Milton Nascimento em seu disco Milton, lançado em 1970. Aqui você pode ouvir a gravação do mesmo ano, feita pela banda Luíz Eça & Sagrada Família, com Luis Eça no piano, Nelson Angelo nas cordas e voz,
Mauricio Maestro no baixo e voz, Nana Vasconcelos na percussão e voz, a cantora
Joyce na voz, e Claudio Roditi no trumpete.
O Homem da Sucursal
Milton Nascimento e Fernando Brant
Saio do trabalho, ei
Volto para casa, ei
Queria ver um filme de amor
Queria ver um filme de amor
E se eu morrer, véu
E se eu viver, réu
Me lembro de um tempo melhor
Me lembro de um tempo melhor
Sempre na surpresa de domingo
Se unem todos antes da tarde chegar
E aí eu vejo um sorriso claro
Alegria de um olhar sem lei
Vozes e cidades se escutando
E luzes e sombras não se quer pensar
No final
Saio do trabalho, ei
Volto para casa, ei
Queria ver um filme de amor
Queria ver um filme de amor
Me lembro de um tempo melhor
Me lembro de um tempo melhor
Volto para casa, ei
Queria ver um filme de amor
Queria ver um filme de amor
E se eu morrer, véu
E se eu viver, réu
Me lembro de um tempo melhor
Me lembro de um tempo melhor
Sempre na surpresa de domingo
Se unem todos antes da tarde chegar
E aí eu vejo um sorriso claro
Alegria de um olhar sem lei
Vozes e cidades se escutando
E luzes e sombras não se quer pensar
No final
Saio do trabalho, ei
Volto para casa, ei
Queria ver um filme de amor
Queria ver um filme de amor
Me lembro de um tempo melhor
Me lembro de um tempo melhor
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