Sugestão de Marcio Walter
Cientistas brasileiros descobriram no sítio arqueológico chamado Lapa do Santo, a 60 km de Belo Horizonte (MG), a gravura rupestre mais antiga do continente americano. A representação de um homem "desenhado" na pedra, com 30 cm de altura e 20 cm de largura, foi a primeira gravura arqueológica encontrada no local. O trabalho foi divulgado na revista PLos One.O líder do grupo de pesquisadores que encontraram a imagem, o arqueólogo do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) Walter Neves, conta que foi uma surpresa para a equipe encontrar a gravura, que estava abaixo de 4 m de sedimentos arqueológicos. Ela foi descoberta nos últimos momentos de escavação de determinada área do sítio arqueológico em julho de 2009.
"Depois disso, para descobrir a datação, foi um longo caminho. Obviamente, por conhecer o sítio que estávamos escavando, sabíamos que havíamos encontrado algo antigo, mas não sabíamos o quão antigo", relata o também arqueólogo Danilo Bernardo, coautor do trabalho. Ele conta que graças ao trabalho meticuloso ao longo das escavações, conseguiram selecionar amostras de carvão ao longo do processo para estabelecer os limites cronológicos do achado.
Segundo os autores, a imagem deve ter entre 9,5 mil e 10,5 mil anos. "Encontramos carvão embaixo e acima da gravura e, assim, conseguimos estimar a idade da representação por meio da datação por carbono-14", explica Neves. A datação por meio dos valores de carnono-14 dão pistas muito precisas sobre a idade dos objetos, pois este elemento diminui a um ritmo constante com o passar do tempo.
"Depois disso, para descobrir a datação, foi um longo caminho. Obviamente, por conhecer o sítio que estávamos escavando, sabíamos que havíamos encontrado algo antigo, mas não sabíamos o quão antigo", relata o também arqueólogo Danilo Bernardo, coautor do trabalho. Ele conta que graças ao trabalho meticuloso ao longo das escavações, conseguiram selecionar amostras de carvão ao longo do processo para estabelecer os limites cronológicos do achado.
Segundo os autores, a imagem deve ter entre 9,5 mil e 10,5 mil anos. "Encontramos carvão embaixo e acima da gravura e, assim, conseguimos estimar a idade da representação por meio da datação por carbono-14", explica Neves. A datação por meio dos valores de carnono-14 dão pistas muito precisas sobre a idade dos objetos, pois este elemento diminui a um ritmo constante com o passar do tempo.
A imagem
Foto: Acervo LEEH/Divulgação |
O achado dos pesquisadores brasileiros tem relevância especialmente sob dois aspectos: a dificuldade de se datar precisamente manifestações rupestres, em especial os petróglifos (imagens gravadas nas rochas), e o fortalecimento da ideia de que o Novo Mundo teria sido ocupado pelo homem em idades anteriores àquelas propostas pelos defensores do modelo Clóvis, no qual teria apenas uma via de entrada para os pioneiros - o estreito de Bering - e que esta chegada teria ocorrido há cerca de 12 mil anos.
Clique aqui para ver no Terra mais fotos da gravura rupestre e do sítio arqueológico Lapa do Santo.
Veja a entrevista do Prof. Walter Neves (LEEH/IB/USP) no Programa do Jô.
Veja a entrevista do Prof. Walter Neves (LEEH/IB/USP) no Programa do Jô.
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