Entre os dias 25 e 26 de abril o museu recebeu a visita de um grupo com cerca de 200 pessoas, entre estudantes e professoras de ensino Fundamental e Médio da cidade de Arcos - MG. Eles participaram de uma visita guiada à nossa exposição
permanente, intitulada "Pré-histórica do Carste do Alto São Francisco: 12.000 anos a serem desvendados", puderam conhecer o
laboratório de arqueologia aonde é feito nosso trabalho de pesquisa, e assistiram a uma palestra sobre a arqueologia regional e as ações do MAC, desde sua
inauguração em 2010.
As visitas integram o projeto da Secretaria Muncipal de Educação do município de Arcos e é intitulado: "Lançando-se para o futuro: recuperando e premiando nosso alunos". Participaram das atividades as seguintes escolas municipais: E. M. Yolanda A. de Carvalho, E. M. Profª. Olinda Veloso, E. M. Laura Andrade, E. M. Sebastião T. Borges e E. M. Santo Antônio.
Clique na imagem para ampliar.
Clique aqui para baixar os slides de Gilmar Henriques sobre a Arqueologia regional e as ações do MAC.
A 10ª Semana de Museus, que acontece entre 14 e 20 de maio de 2012, tem 3.420 eventos cadastrados e 1.114 museus participantes de todo o Brasil. O guia de programação já está disponível aqui para consultar ou baixar.
Você também pode obter uma exemplar impresso do Guia com toda a programação nacional visitando o museu.
O MAC participará da 10ª Semana de Museu oferencendo visitas guiadas à exposição permanente e com palestras sobre a arqueologia regional do Carste do Alto São Francisco. Nossa programação está na página 203 do Guia.
No feriado de Tiradentes (21/04) o museu recebeu uma turma de trinta estudantes e professores do curso de Ciências Biológicas da Fundação Educacional de Divinópolis (FUNEDI). Pela manhã eles participaram de uma visita guiada à nossa exposição
permanente, intitulada "Pré-histórica do Carste do Alto São Francisco: 12.000 anos a serem desvendados", e também puderam conhecer o
laboratório de arqueologia aonde é feito nosso trabalho de pesquisa.
A
visita foi organizada pelo Espeleo Grupo Pains (EPA), tendo sido
ministradas três palestras sobre o território Carste do Alto São Francisco. Luciano Versiani fez
uma apresentação sobre a geologia regional, Lucélio Nativo falou sobre a
espeleologia e as atividades do EPA e Gilmar Henriques fez uma
apresentação sobre a arqueologia regional e as ações do MAC, desde sua
inauguração em 2010.
Na parte da tarde a turma participou de uma excursão a fim de conhecerem in situ algumas feições do carste local, tendo sido feito um trajeto entre o vale do rio São Miguel e o vale do Ribeirão dos Patos.
Os estudantes e professores da FUNEDI participaram de uma visita guiada à exposição permanente e ao laboratório de arqueologia do MAC e assistiram a palestras temáticas sobre o território do Carste do Alto São Francisco. Clique na imagem para ampliar.
Você pode baixar os slides utilizados nas três palestras:
Clique aqui para baixar os slides de Lucélio Nativo sobre a Espeleologia regional e as ações do EPA.
Clique aqui para baixar os slides de Gilmar Henriques sobre a Arqueologia regional e as ações do MAC.
Clique aqui para baixar os slides de geólogo Luciano Versiani sobre a geologia e geomorfologia regional.
Publicado no Hoje em Dia [AFP] - 2/04/2012 - 16:21
Estudo publicado nesta segunda-feira sugere que a prática pode ter começado um milhão de anos atrás
WASHINGTON - Cientistas anunciaram, em um estudo publicado nesta segunda-feira (2), a descoberta das evidências mais remotas de fogueiras feitas por ancestrais humanos em uma caverna da África do Sul, sugerindo que a prática pode ter começado um milhão de anos atrás.
Até agora tem havido pouco consenso entre os especialistas sobre quando nossos primos pré-históricos começaram a produzir fagulhas para cozinhar e se manter aquecidos, segundo o estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Pistas desta atividade foram descobertas em África, Ásia e Europa, mas até agora se acreditava que os sinais mais remotos de uso do fogo fossem de peças de cerâmica queimadas em Israel, datadas de cerca 700.000 a 800.000 anos atrás.
Fragmentos de ossos queimados de animais e ferramentas de pedra que parecem ser ainda mais antigos foram encontrados em camadas de sedimentos na Caverna Wonderwerk, na região norte-central da África do Sul, onde escavações anteriores mostraram um registro significativo de ocupação humana.
Os cientistas descobriram "cinzas bem preservadas de material vegetal e fragmentos de ossos queimados depositados 'in situ' em superfícies discretas e misturadas com sedimento" na caverna, sugerindo fogueiras pequenas e locais próximos à entrada, destacou o estudo.
Alguns fragmentos apontam para evidências de um descoloramento da superfície típico de uma queima controlada e não de um incêndio florestal ou qualquer outro evento natural, acrescentou.
Reconstituição feita por Henry Gilbert e Kathy Schick (2011) que apresenta o que seriam as posturas e hábitos cotidianos do homo erectus, bem como as características de seu habitat natural há cerca de 1 milhão de anos atrás, na região que veio a ser hoje a Etiópia. Wikimedia Commons. Clique na imagem para ampliar.
"A análise atrasa a época de uso do fogo por humanos em 300.000 anos, sugerindo que ancestrais humanos tão remotos quanto o 'Homo erectus' podem ter começado a usar o fogo como parte de seu estilo de vida", explicou o antropólogo Michel Chazan, da Universidade de Toronto, co-diretor do projeto.
O 'Homo erectus' é o mais antigo hominídeo remoto conhecido. Com pernas longas e cérebros grandes que lembram os dos humanos modernos, acredita-se que tenham começado a vagar pela Terra há 1,8 milhão de anos, muito antes dos neandertais.
"O controle do fogo teria sido uma grande reviravolta na evolução humana", afirmou Chazan. "O impacto do cozimento da comida é bem documentado, mas o impacto do controle do fogo teria influenciado todos os elementos da sociedade humana. Socializar em torno de uma fogueira deve ter sido um aspecto essencial do que faz de nós humanos", acrescentou.
Tem gente que vive com um pé no passado, mas um estranho hominídeo de 3,4 milhões de anos abusava do direito de ser saudosista.
Enquanto outros membros primitivos da linhagem humana já tinham dominado totalmente a arte de andar com duas pernas, a criatura ainda tinha um dedão do pé que funcionava como polegar, como o dos chimpanzés e gorilas de hoje, por exemplo.
Isso não o tornava totalmente incapaz de caminhar como bípede, mas decerto comprometia a elegância e a eficiência de seu passo - ele teria de apoiar a maior parte de seu peso no lado de fora do pé, como fazem os grandes macacos atuais.
A descoberta do hominídeo "passadista", cuja espécie ainda é um mistério, está na revista científica "Nature" desta quinta-feira.
Os responsáveis por ela são o etíope Yohannes Haile-Selassie e o americano Bruce Latimer, ambos da Universidade Case Western Reserve, em Ohio (EUA).
As informações sobre a criatura ainda são parcas porque os pesquisadores, por enquanto, só acharam oito ossos do pé direito do hominídeo. Os dados são suficientes, no entanto, para reconstruir como a criatura andava.
"O andar bípede é o que separa os seres humanos e seus ancestrais diretos dos outros primatas e, na verdade, de todos os outros mamíferos", diz Bruce Latimer. "Encontrar um hominídeo que foge desse padrão é surpreendente."
Clique na imagem para ampliar. Editoria de Arte/Folhapress.
O VELHO E O NOVO
Surpreendente, mas não exatamente único. O hominídeo mais antigo cujo esqueleto quase completo chegou até nós, o etíope Ardipithecus ramidus, de 4,4 milhões de anos, também possuía um dedão do pé (ou hálux, como preferem os cientistas) com características semelhantes às vistas em macacos: curto e distanciado dos demais dedos do pé.
A interpretação mais comum desse fato é que, embora passasse algum tempo no chão, na posição ereta, o A. ramidus também seria capaz de agarrar galhos de árvore com os pés, locomovendo-se no alto da floresta.
No entanto, por volta de 3,5 milhões de anos atrás, uma única espécie de hominídeo parecia ter tomado conta da África Oriental. Era o Australopithecus afarensis, a espécie da famosa fêmea "Lucy" - um ancestral do homem já quase totalmente bípede.
O problema é que o novo e misterioso hominídeo é praticamente contemporâneo de "Lucy", mas seu pé é de um "modelo" 1 milhão de anos mais antigo. Mal comparando, é como se humanos atuais convivessem com o Homo erectus na mesma região, já que ambos eram da Etiópia.
Além do dedão com capacidades de polegar, os outros dedos do "novo" hominídeo etíope também eram mais compridos que os de hominídeos mais recentes. No geral, o pé da criatura se parecia mais com o de um gorila.
Os cientistas querem tentar achar mais fósseis antes de determinar a identidade da criatura. Pode ser, por exemplo, que se trate de um espécime tardio da linhagem do Ardipithecus.
De qualquer modo, não seria a primeira vez que múltiplas espécies de ancestrais do homem, cada uma com adaptações diferentes para modos de vida diversos, são identificadas na mesma região e época pelos cientistas.
Outro exemplo, alguns milhões de anos depois, envolve os chamados australopitecos robustos, que desenvolveram enormes mandíbulas para mastigar gramíneas e sementes duras.
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Assista a um documentário do Discovery Channel sobre o Ardipithecus ramidus.