Entenda o Caso
A serra do Gandarela é uma área que abriga o manancial mais significativo para abastecimento público de água pura para toda BH, região e colar metropolitanos (à exceção dos mananciais de Catarina e Morro Redondo, em bem menor quantidade, as demais já sofrem problemas de contaminação, e as represas estão sendo paulatinamente assoreadas).
Documento do IEF, “Identificação de áreas prioritárias para implantação de Áreas Protegidas e Corredores Ecológicos do setor Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte ”(RMBH) – contratado à Sere Meio Ambiente Ltda. e à Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), registra a seguinte descrição sobre a Serra do Gandarela:
"Trata-se de uma ampla região com baixa ocupação antrópica, havendo extensos e diversos ambientes naturais preservados. Concentra-se neste Setor um grande número de cursos d’água contribuintes da margem direita do rio das Velhas, representando significativo volume de água utilizado no abastecimento da população da Região Metropolita na de Belo Horizonte. Esta água é captada pela Copasa na ETA de Bela Fama e é considerada a fonte mais importante de abastecimento da RMBH, captada na bacia do rio das Velhas."
No referido documento, faz-se ainda a seguinte afirmação sobre a Serra do Gandarela:
"Nesta região estão os principais contribuintes da margem direita do rio das Velhas a montante da captação de Bela Fama, um dos principais pontos de captação de água da região metropolitana de BeloHorizonte. A preservação desta região é a garantia de manutenção deste importante manancial hídrico."
É neste complexo de serras e águas que a empresa Vale planeja instalar a mina Apolo, que ficaria localizada entre os municípios de Santa Bárbara, Caeté, Rio Acima e Raposos.
Esses locais, por suas cachoeiras e riquezas naturais, complexa e bem preservada biodiversidade (campos rupestres sobre cangas e a maior área de Mata Atlântica da RMBH), têm atraído, de forma crescente, o turismo espontâneo de finais de semana e a atenção da comunidade científica e preservacionista.
Iniciativas e atividades compatíveis com o desenvolvimento sustentável e a preservação das características da região vêm sendo motivadas e criadas, com o crescimento do número de visitantes, de pousadas, restaurantes, produção e comercialização de artesanato e produtos agro-familiares locais, e outras atividades relacionadas ao ecoturismo e ao complexo cultural e arqueológico ali existente.
A grande beleza paisagística, altas declividades, grutas e várias quedas d'água, um sítio paleontológico, campos rupestres, matas de galeria e densa área de Mata Atlântica no platô da Serra do Gandarela, todos muito preservados e guardando animais de várias espécies e portes, muitos dos quais em vias de extinção, fazem da Serra do Gandarela um local de inestimável importância.
O Gandarela é também uma área natural mediterrânea entre vários núcleos históricos significativos do período do ouro, a exemplo de Caeté, com seu histórico distrito de Morro Vermelho, de Santa Bárbara e caminhos que levam a Catas Altas, Ouro Preto, Raposos e Rio Acima, além de ruínas de instalações antigas de minas, casas-forte entre diversas outras instalações.
Algumas cachoeiras são muito conhecidas - a de Santo Antônio, entre Caeté e Raposos, a do Índio e Vianna (em Rio Acima), a da Chica Dona (na divisa de Rio Acima e Itabirito, as do Tangará, em Rio Acima e as de André do Mato Dentro (Santa Bárbara).
Alguns destes córregos e ribeirões (todos nascem nas faldas da Serra do Gandarela), como o Ribeirão da Prata, os córregos Mingu, Viana, Cortesia e Palmital/Água Limpa (Rio Acima), Maquiné, Gandarela e Maria Cassimira (Caeté e Santa Bárbara) dispõem de grande número de pequenas quedas, poços e cachoeiras – alguns dos quais, de rara beleza. E todas elas, com grande qualidade ambiental e águas das classes Especial e 1, as melhores.
Em Santa Bárbara e Rio Acima, há também, no interior da Serra do Gandarela um importante sítio paleontológico, considerado de importância mundial - com fósseis de vegetação que ocorreu na região entre 10 a 40 milhões de anos passados. A maior parte dele está no território de Santa Bárbara e é protegida por tombamento municipal (Conjunto Natural, Paisagístico e Paleontológico - Bacia do Gandarela).
A população de Raposos tem, como principal bem e potencial de lazer e turismo da cidade, o Ribeirão da Prata, que possui grande quantidade de água, cachoeiras e um paredão de rocha formando um canyon deslumbrante.
Algumas cachoeiras são muito conhecidas - a de Santo Antônio, entre Caeté e Raposos, a do Índio e Vianna (em Rio Acima), a da Chica Dona (na divisa de Rio Acima e Itabirito, as do Tangará, em Rio Acima e as de André do Mato Dentro (Santa Bárbara).
Alguns destes córregos e ribeirões (todos nascem nas faldas da Serra do Gandarela), como o Ribeirão da Prata, os córregos Mingu, Viana, Cortesia e Palmital/Água Limpa (Rio Acima), Maquiné, Gandarela e Maria Cassimira (Caeté e Santa Bárbara) dispõem de grande número de pequenas quedas, poços e cachoeiras – alguns dos quais, de rara beleza. E todas elas, com grande qualidade ambiental e águas das classes Especial e 1, as melhores.
Em Santa Bárbara e Rio Acima, há também, no interior da Serra do Gandarela um importante sítio paleontológico, considerado de importância mundial - com fósseis de vegetação que ocorreu na região entre 10 a 40 milhões de anos passados. A maior parte dele está no território de Santa Bárbara e é protegida por tombamento municipal (Conjunto Natural, Paisagístico e Paleontológico - Bacia do Gandarela).
A população de Raposos tem, como principal bem e potencial de lazer e turismo da cidade, o Ribeirão da Prata, que possui grande quantidade de água, cachoeiras e um paredão de rocha formando um canyon deslumbrante.
É nas cabeceiras deste ribeirão, poucos metros acima da cachoeira de Santo Antônio, que a Vale planeja fazer a barragem de rejeitos da pretendida Mina Apolo e despejar o esgoto "tratado" do alojamento para mais de 2000 homens.
Diante da importância ecológica, cultural e hídrica desta região, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal responsável pelas unidades de conservação, recebeu em 2009 a proposta e está avaliando a criação do Parque Nacional Águas da Serra do Gandarela.
A criação do parque é considerada de grande importância, seja pelo patrimônio natural e cultural existente, como pelo fato de o Brasil não dispor de nenhuma unidade federal de destaque, reunindo campos rupestres sobre cangas ferruginosas no contexto do bioma Mata Atlântica.
Este assunto tem sido motivo de grande discussão nas ruas, faculdades, escolas, além do apoio de várias ongs, movimentos sociais e ambientais.
Diante da importância ecológica, cultural e hídrica desta região, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal responsável pelas unidades de conservação, recebeu em 2009 a proposta e está avaliando a criação do Parque Nacional Águas da Serra do Gandarela.
A criação do parque é considerada de grande importância, seja pelo patrimônio natural e cultural existente, como pelo fato de o Brasil não dispor de nenhuma unidade federal de destaque, reunindo campos rupestres sobre cangas ferruginosas no contexto do bioma Mata Atlântica.
Este assunto tem sido motivo de grande discussão nas ruas, faculdades, escolas, além do apoio de várias ongs, movimentos sociais e ambientais.
Paticipe do Abaixo Assinado em defesa da Serra do Gandarela, maiores informações aqui.
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