Modelo 3D - Cálice funerário Jê

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010


Segue em anexo a programação de fim de ano do Cineclube Núcleo Vida Saudável nos dias 22 (quarta-feira), 26 (domingo) e 30 (quinta-feira) de dezembro de 2010 para conhecimento e divulgação.

Devido às festividades de fim de ano, não teremos sessões nos dias 25/12/2010 (sábado, dia do Natal), 01/01/2011 (sábado) e 02/01/2011 (domingo).

Amanhã, a Sessão Nostalgia será antecipada. Nesta quarta-feira, dia 22/12/2010, às 20 horas, será exibido, primeiramente, o filme curta-metragem "AS ANDANÇAS DO NOSSO SENHOR SOBRE A TERRA", com duração de 13 minutos. Logo depois será exibido o filme "MARCELINO PÃO E VINHO":

No dia 26/12/2010 (domingo), às 15 horas, na Sessão Matinê, será exibido primeiramente, o filme curta-metragem "TAMPINHA", com duração de 13 minutos. Logo depois a exibição do filme “SHREK PARA SEMPRE”.

No dia 30/12/2010, quinta-feira, às 20 horas, na Sessão Nostalgia, será exibido o filme "O JECA E A ÉGUA MILAGROSA".

Importante: todas as sessões são gratuitas e abertas para todos os públicos (crianças, adolescentes, adultos, idosos).


Enviado por Amir Otoni.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Revista Digital: uma tour pelo Instituto Mamirauá!

Enviado por Bernardo Lacale de Tefé - AM.

A revista digital fez um especial sobre o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e a Reserva Natural do Lago Amanã, em Tefé - AM. O especial conta com textos, vídeos e sons da floresta. Podemos conferir uma entrevista com o arqueólogo Bernardo Lacale (clique aqui), colaborador do MAC que sugeriu este post.
Clique aqui para conferir.


Correio Braziliense: Boom na demanda por arqueólogos no "Mercado"!!!

Faltam arqueólogos para catalogar objetos antigos achados em obras do PAC

Enviado por Guilherme Floriani de Brasília - DF.

Quando se pensa em arqueólogo, a primeira imagem que vem à mente é o personagem eternizado por Harrisson Ford na série de filmes dirigidos por Steven Spielberg. Indiana Jones, se vivesse no Brasil de hoje, não estaria em busca de tesouros perdidos na África, mas, com certeza, seria contratado a peso de ouro e teria muito trabalho nos canteiros de obras que vêm se formando no interior do país. Ainda que atrasados, os projetos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), seja para a abertura de estradas e ferrovias, seja para a construção de hidrelétricas, estão esbarrando em sítios arqueológicos que impressionam. Para mapear as áreas e catalogar as milhares de peças encontradas, os raríssimos arqueólogos existentes no Brasil estão cobrando entre R$ 500 mil e R$ 700 mil.

A escassez desses profissionais começou a se desenhar no início dos anos 1990, quando o único curso de graduação, da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, fechou as portas. Para suprir o vácuo, o mercado está recrutando historiadores, geólogos e até biólogos com mestrado ou cursos de especialização em arqueologia. Mas não está sendo suficiente, tamanha a demanda. Resultado: algumas empresas que atuam na área de infraestrutura já estudam buscar arqueólogos no exterior para dar conta do trabalho que terão pela frente.

“O boom de obras de infraestrutura no Brasil criou uma demanda muito forte por arqueólogos, cada vez mais valorizados no mercado”, diz Renato Kipnis, sócio-diretor da Scientia Consultoria, escritório de arqueologia, que faz o resgate dos sítios arqueológicos descobertos durante a construção da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia. Como todos no mercado, a Scientia está sofrendo com a quase extinção de arqueólogos. O jeito está sendo treinar pessoas formadas em outras áreas e, muito provavelmente, terá de importar profissionais de Portugal.

A Scientia quadruplicou de tamanho nos últimos cinco anos e hoje emprega quase 200 especialistas. “Chegamos até a recusar alguns projetos por não encontrar pessoal capacitado no mercado”, revela Kipnis, que é formado em história e fez mestrado em arqueologia. O escritório optou pelos grandes empreendimentos. Além do resgate dos sítios da Usina Santo Antônio, fará todo o diagnóstico das bases de cerca de 10 mil torres das linhas de transmissão entre Porto Velho (RO) e Araraquara (SP), espalhadas por 2,5 mil quilômetros. A companhia também faz a prospecção da área que será alagada pela Usina de Belo Monte, no Pará, e que será a terceira maior do mundo, atrás da hidrelétrica chinesa Três Gargantas e de Itaipu.

“Estamos com um número grande de projetos e acabamos formando internamente boa parte do nosso quadro como forma de contornar essa carência”, revela Kipnis, que não sabe ainda onde buscará mais mão de obra quando iniciar os resgates em uma área tão grande quanto a de Belo Monte. A região de alagamento, em torno de 500 quilômetros quadrados, é bem maior do que a de Santo Antônio. Em Rondônia, existem 60 profissionais trabalhando em uma área de 314km2 desde 2008. Em Belo Monte, por enquanto, trabalham 15 pessoas na primeira etapa.

A reviravolta na profissão de arqueólogo começou em 2002, quando o Conama baixou a Portaria nº 230, tornando obrigatória a licença ambiental para as obras em geral. Uma das exigências para a obtenção da licença é a elaboração de um relatório ambiental e arqueológico sobre a região afetada para ser iniciada. Os sítios arqueológicos são protegidos pela Lei nº 3.924/61 como patrimônio da União e o artigo 216 da Constituição de 1988 ressalta a importância da preservação. Até 2002, no entanto, não se dava a devida importância a isso, lembram os especialistas.

Na avaliação deles, com o PAC em andamento — as obras do projetos serão prioridade para a presidente eleita, Dilma Rousseff — e os demais empreendimentos na área de infraestrutura que sairão do papel, placas e mais placas deverão se espalhar pelo Brasil com os dizeres: procuram-se arqueólogos.

Achados de mais de 7 mil anos

Comprovando a tese de que o Brasil está repleto de sítios arqueológicos, o Departamento de Infraestrutura Rodoviária (Dnit) não para de registrar descobertas. Ao asfaltar os 94 quilômetros da BR 429, em Rondônia, encontrou nada menos do que 20 sítios durante as prospecções em julho último. Na BR 135, que liga Minas Gerais, Bahia, Piauí, e Maranhão, o órgão identificou 78 sítios arqueológicos, que estão em fase de resgate.

A coordenadora-geral de Meio Ambiente do Dnit, Aline Freitas, lembra que esses são apenas alguns exemplos e alguns achados são bastante antigos, com mais de 7 mil anos, mas a maioria chega a ter entre 2 mil e 4 mil anos. “As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) têm impulsionado muito a demanda por levantamentos arqueológicos e, ao longo das descobertas, quando há duplicações, percebe-se que antigamente não se dava muita importância para isso”, afirma.

Ela cita o caso da duplicação da BR 101 em Santa Catarina, onde foram descobertos sambaquis (espécie de cemitério primitivo) e alguns foram destruídos durante a construção da via nos 1970. “Naquela época, não havia essa obrigatoriedade de documentação histórica. Hoje, é possível fazer o resgate sem interromper a obra, pois pula-se o trecho em questão e, depois, retoma-se quando o trabalho dos arqueólogos termina”, ressalta, rebatendo as críticas de que os achados têm atrasado o cronograma de execução de alguns projetos, inclusive, encarecendo as obras. Para ela, o custo já estava previsto, incluído na obtenção da licença ambiental, que gira entre 5% e 10% do total orçado.

“O Brasil está repleto de sítios arqueológicos e quanto mais obras de infraestrutura ocorrerem, mais áreas serão descobertas”, diz Paulo Zanettinni, dono do escritório de arqueologia com o mesmo nome. “Nunca se escavou tanto, nunca se divulgou tanto nas mais diversas plataformas como nesta década”, acrescenta. A Zanettinni Arqueologia é responsável pelo diagnóstico e pelo resgate em todo o traçado da ferrovia Transnordestina, que liga o Porto de Suape, no Recife, ao de Pecém, em Fortaleza.(RH)

Licenças recordes
O número de licenças emitidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para as explorações arqueológicas no país deverá superar a casa de mil neste ano. Em 2002, foram 232. Quando descobertos, os sítios arqueológicos precisam ser resgatados, classificados, catalogados e os objetos encontrados são enviados para um museu. Os projetos de contratação de diagnóstico e de resgate podem durar meses ou até anos e os gastos chegarem a milhões de reais.

Formação é restrita

O número restrito de arqueólogos no Brasil deve-se ao fato de existirem pouquíssimos cursos no país, afirma o secretário da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), Luís Cláudio Symanski. As maiores instituições de ensino do país, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, não possuem uma cadeira nessa área, apenas pós-graduação ou especialização. “Existem hoje cerca de 400 a 500 profissionais qualificados no mercado e 353 são filiados à SAB”, informa o arqueólogo, acrescentando que há uma estimativa de que, incluindo técnicos e outros especialistas, esse número não chega a 2 mil.

Symanski cita algumas universidades federais que abriram cursos de graduação em arqueologia, como a PUC de Goiás e as universidades federais do Vale do São Francisco, do Piauí, de Sergipe, de Minas Gerais, de Pelotas (RS) e de Pernambuco. “Mas é pouco”, ressalta o arqueólogo, um dos poucos formados pela Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, que fechou a cadeira no início dos anos 1990. “Naquela época, não havia mercado no país, somente o acadêmico”, diz.

Apesar de o mercado falar em ganhos de até R$ 700 mil para um trabalho completa em um sítio arqueológico, Symanski garante que o salário de um profissional hoje no mercado gira em torno de R$ 8 mil no meio acadêmico. Os mais valorizados são os com mestrado e doutorado. Um técnico ou mesmo um recém-formado podem começar ganhando R$ 4 mil.

“O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) incrementou de forma expressiva a arqueologia no Brasil. Consequentemente, a valorização da profissão de arqueólogo só está começando”, afirma Rita de Cássia Miranda de Morais, técnica da Coordenação de Pesquisa e Licenciamento Arqueológico do Iphan.

Para ela, o grupo responsável pelas licenças hoje é composto por 45 pessoas e deverá dobrar nos próximos anos devido ao aumento das descobertas. “É importante destacar que o progresso dos processos de licenciamento ambiental tem revelado um grandioso patrimônio arqueológico em proporções até então desconhecidas. Basta citar que mais de 17 mil sítios arqueológicos já foram cadastrados no Iphan, a maioria deles é resultado dos processos de licenciamento ambiental”, diz. (RH)

Publicado no Correio Braziliense / Economia / Rosana Hessel em 12/12/2010 08:57h (clique aqui).

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010


Enviado por Amir Otoni

Segue a programação do Cineclube Núcleo Vida Saudável nos dias 16 (quinta-feira), 18 (sábado) e 19 (domingo) de dezembro de 2010.

Quinta-feira, dia 16/12/2010, às 20 horas, na Sessão Nostalgia, será exibido o filme "OS FANTASMAS DE SCROOGE":

No dia 18/12/2010 (sábado), às 21 horas, será exibido o filme "ROBIN HOOD".
E no dia 19/12/2010 (domingo), às 15 horas, na Sessão Matinê, será exibido, primeiramente, o filme curta-metragem "AS ANDANÇAS DO NOSSO SENHOR SOBRE A TERRA", com duração de 13 minutos. Logo depois a exibição do filme “SANTA BUDDIES - UMA AVENTURA DE NATAL”.


 
Importante: todas as sessões são gratuitas e abertas para todos os públicos (crianças, adolescentes, adultos, idosos): com restrição somente pela faixa etária, sendo necessário verificar a classificação. “Os Fantasmas de Scrooge” tem classificação etária recomendada para 10 anos e “Robin Hood” para 14 anos.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

♫♪ Música no MAC!

Na esteira da inauguração do MAC foi feita uma oficina de música que compreendeu três dias seguidos de atividades. Mais de 50 crianças de Pains e Pimenta participaram. Pablo Lima, professor do Instituto de Educação da UFMG, deu uma palestra sobre música e patrimônio cultural no Brasil. A crianças fizeram uma visita guiada à exposição permanente do MAC "Pré-história do Carste do Alto São Francisco: 12.000 anos a serem desvendados" (clique aqui). Nos  dias seguintes foram feitas oficinas com canções e sons da capoeira com Joel dos Santos e oficinas de flauta doce com o maestro Cleber Rezende, que fez também experimentações sonoras na sala de audiovisual do MAC com os estudantes. A oficina de música fechou com as canções que marcaram o carnaval de Pains, sucessos do século XX, dos anos 50, 60 e 70, foram cantados e comentados pelos músicos Newton de Castro, Ismael José Santos, Messias José de Faria, Francisco Cândido e Daniel da Silva Cardoso, todos eles "veteranos" de muitos carnavais. A criançada e a equipe do MAC gostaram e pediram bizz!


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O MAC volta ao cinema!

Enviado por Amir Otoni

Segue  a programação do Cineclube Núcleo Vida Saudável nos dias 09 (quinta-feira), 11 (sábado) e 12 (domingo) de dezembro de 2010.

Quinta-feira, dia 09/12/2010, às 20 horas, na Sessão Nostalgia, será exibido o filme "QUINCAS BERRO D’ÁGUA":

No dia 11/12/2010 (sábado), às 21 horas, será exibido o filme "REPO MEN":

E no dia 12/12/2010 (domingo), às 15 horas, na Sessão Matinê, será exibido, primeiramente, o filme curta-metragem "DONA CRISTINA PERDEU A MEMÓRIA", com duração de 13 minutos. Logo depois a exibição do filme “A PRINCESA E O SAPO”:

Importante: todas as sessões são gratuitas e abertas para todos os públicos (crianças, adolescentes, adultos, idosos): com restrição somente pela faixa etária, sendo necessário verificar a classificação. “Quincas Berro D’Água” tem classificação etária recomendada para 14 anos e “Repo Men” para 18 anos.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Greenpeace: Prêmio Motosserra de Ouro!

A César o que é de César

A senadora Kátia Abreu recebeu esta manhã em seu hotel em Cancún o prêmio Motosserra de Ouro, por sua defesa ferrenha de mudanças no Código Florestal, que resultará em mais desmatamentos no Brasil.


Líder da bancada do agronegócio no Congresso e fiel defensora das propostas de mudanças no Código Florestal brasileiro, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) recebeu das mãos de uma ativista do movimento indígena da Amazônia, junto com o Greenpeace, o prêmio Motosserra de Ouro, símbolo de sua luta incansável pelo esfacelamento da lei que protege as florestas do país.
A ativista tentou presentear Kátia Abreu com uma réplica dourada do instrumento usado para desmatar florestas no lobby do hotel em que está hospedada em Cancún, onde participa da 16ª Conferência de Clima da ONU (COP16). A senadora desprezou o agrado, visivelmente irritada, e deixou para a ativista apenas os comentários irônicos de seus assessores. A condecoração serviu para lembrar aos ruralistas defensores do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que prevê alterações na lei, que essa proposta representa uma grave ameaça ao ambiente.
O projeto ruralista anistia desmatadores e reduz o tamanho da área que o proprietário de terra e o Estado estão obrigados a conservar para o bem público. Fazendas, dependendo do tamanho, ou serão dispensadas de ter árvores ou poderão ter menos do que devem atualmente. O projeto também diminui as faixas de floresta em beiras de lagos e rios e em encostas, que além de servir como corredores de biodiversidade evitam enchentes, deslizamentos e protegem a qualidade da água.
Caso a turma da motosserra consiga mudar a lei nos termos em que pretendem, tornarão inviável para o Brasil honrar as metas de queda de desmatamento assumidas em Copenhague, na COP15, que preveem a redução até 2020 de 36% a 39% de nossas emissões de gases-estufa. A proposta prejudica também as negociações sobre Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), que institui o pagamento para a conservação de floresta para quem vive nela. “Se o Brasil legalizar mais desmatamentos, o custo da conservação aumentará muito e pode tornar a aplicação do REDD no Brasil inviável”, explica André Muggiati, representante da Campanha Amazônia do Greenpeace na COP16.
A bancada da motosserra continua lutando nos bastidores para que um novo e enfraquecido código seja votado a qualquer preço, ainda este ano. Querem que algo tão importante para o Brasil seja decidido já, por uma Câmara em fim de mandato, e sem a devida discussão com a sociedade. “As alterações no Código Florestal representam um retrocesso em uma das legislações florestais mais avançadas do mundo”, diz Muggiati.
Este protesto teve o apoio do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).
Feliz Natal?
Em um apelo ao espírito natalino, um grupo de ONGs, entre elas o Greenpeace, levou Papai Noel até Cancún para ajudar a impedir que a bancada do agronegócio empurre suas propostas de mudança no Código Florestal goela abaixo dos brasileiros.
O bom velhinho ficou nesta manhã na porta do Cancun Messe, um dos prédios onde acontece a COP16, entregando mudas de árvores aos que passam, acompanhado de ativistas com dois cartazes, em português e inglês, onde se lia “Mudar o Código Florestal = Um Natal sem árvores”. Se as alterações no código forem aprovadas no Congresso, o Brasil pode se preparar para, no futuro, celebrar Natais com bem menos áreas de florestas.
O Papai Noel em Cancún teve como parceiros o Observatório do Clima, o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), além do Greenpeace.

Leia mais sobre a COP16

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

BBC Brasil: "Arqueólogos mapeiam túneis históricos de Nottingham em 3D"

Uma equipe de arqueólogos da cidade de Nottingham (clique aqui), no centro da Inglaterra, está usando um scanner a laser para produzir imagens tridimensionais de uma famosa rede de túneis da cidade.
Até agora eles documentaram 35 das 140 túneis acessíveis, escavados a partir da Idade Média.
O projeto começou em março de 2010. “Nós registramos um grande número de túneis nesse período, com diferentes idades e usos”, diz o arqueólogo David Walker.
Os cerca de 450 túneis de Nottingham foram explorados de diferentes formas ao longo dos anos, sendo usados como calabouços, depósitos de cerveja, fossas e abrigos antiaéreos.
O mapeamento, que deve durar dois anos e custar 250 mil libras (cerca de R$ 688 mil), está sendo financiado pela Universidade de Nottingham (clique aqui) e pelo English Heritage (e aqui), um órgão público responsável pelo patrimônio histórico inglês.

“Os túneis se revelaram uma parte importante da história de Nottingham por cerca de mil anos”, disse Walker.
A equipe de dois arqueólogos em tempo integral pode escanear um túnel simples em um dia, e as informações levam dois dias para serem processadas. Túneis maiores levam mais tempo.
O trabalho deve ser concluído em 2011. Todas as informações e imagens serão publicadas na internet no endereço: www.nottinghamcavessurvey.org.uk.

Publicado pela BBC Brasil / Cultura (clique aqui) em 22/11/2010.

Veja: "Os rios suspensos da Amazônia"

Enviado por Lucélio Nativo

Segundo o climatologista Antônio Nobre, a floresta amazônica produz rios de vapor que impedem que o resto do Brasil se transforme em um deserto e levam ventos e umidade para a América do Sul.

A floresta amazônica bombeia todos os dias, pela transpiração das folhas, 20 trilhões de litros de água do solo para a atmosfera
Rios voadores pairam sobre a Amazônia. Graças a eles o norte do Brasil não é um grande deserto e chuvas e ventos se distribuem pela América do Sul. “O problema é que esses rios são invisíveis”, diz o climatologista Antônio Donato Nobre, principal defensor da ideia no Brasil. “E achamos que, se não vemos, não existe.” Mas os rios são reais, sim. E seu desajuste é uma das grandes causas do desequilíbrio ambiental no mundo.
Nos últimos 25 anos, Nobre dedicou seu tempo a entender as interações entre a floresta e a atmosfera e descobriu que, se continuarmos teimando em não ver como a Amazônia realmente funciona, o futuro será inóspito. Em entrevista ao site de VEJA, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (clique aqui) explica o que são esses mecanismos vaporosos e sua importância para a compreensão da natureza.

O climatologista Antonio Donato Nobre durante sua palestra no TEDxAmazônia (Bruno Fernandes/Divulgação)

A Amazônia não deveria mais ser encarada como pulmão do mundo?Por muito tempo, a Amazônia foi vista apenas como celeiro da biodiversidade e pulmão da Terra. Acreditávamos nisso porque achávamos que esse seria seu principal papel para o clima, mas não sabíamos como ela realmente funcionava. Fazíamos a analogia da floresta com o pulmão por sua importância na troca de gases com a atmosfera, principalmente o oxigênio e o gás carbônico. Mas essa função é apenas uma. A Amazônia também é um coração que faz circular ares e umidade e é responsável por muito do equilíbrio climático do planeta. É possível vê-la pulsar.
Como assim?Em seus 5.5 milhões de quilômetros quadrados, a floresta amazônica bombeia todos os dias, pela transpiração das folhas, 20 trilhões de litros de água do solo para a atmosfera. É mais do que o rio Amazonas despeja diariamente no oceano, 17 trilhões de litros. Só a energia solar consumida nessa evaporação é igual à produção de 50 mil Itaipus! As imagens de satélite (clique aqui)  mostram esse vapor sobre a floresta como fluxos nas artérias do ciclo da água, em contínua pulsação. Esses deslocamentos atmosféricos de umidade, invisíveis para quem está aqui embaixo, são verdadeiros rios voadores.
E por que é importante saber que eles existem?
Porque quando eles pararem de funcionar não poderemos consertá-los. Não é porque não os enxergamos, nem tomamos banho nesses rios, que eles não existem. São tão reais que regulam o clima em grande parte da América do Sul. É por causa deles que o Centro-oeste, Sul e Sudeste do Brasil não são desertos, ao contrário de outras regiões no globo, situadas em torno dos trópicos de Câncer e Capricórnio.
Ou seja, são eles - e não a água do rio Amazonas - os responsáveis pelas chuvas na floresta?
Sim, e eles também geram importantes correntes de vento, por meio de um mecanismo revolucionário, chamado bomba biótica. Conforme o vapor d’água sobe para a atmosfera, ele encontra camadas de ar frio e se condensa em gotículas, formando nuvens que, em seguida, se precipitam em chuvas. Mas, quando condensa, o vapor deixa um ‘vazio’ no ar e é aí que a bomba começa a funcionar. Nesse momento a pressão cai lá em cima e ‘puxa’ o ar das regiões inferiores. A evaporação d’água nas matas é maior que nos oceanos. Daí vêm os ventos que importam o ar úmido do oceano para o interior do continente.
Isso resolveria o paradoxo das chuvas recorrentes no interior da Amazônia, que contrariam o modelo de que, quanto mais próximo ao litoral, mais chove?Resolve este e muitos outros. O conhecimento anterior não explica direito as duas secas fortes que tivemos na Amazônia nos últimos cinco anos. A bomba biótica é uma descoberta fundamental para ajudar a entender as razões físicas do que está acontecendo com o clima. Um artigo nosso com os fundamentos dessa descoberta está em análise na revista Atmospheric Chemistry and Physics Discussions (clique aqui). Entre muitas outras funções, as florestas funcionam como um ar condicionado poderoso para o mundo.
Se a devastação continuar no ritmo atual o que pode acontecer?A savanização da Amazônia (clique aqui, aqui e aqui) parece ser uma realidade, especialmente nas áreas mais desmatadas. Mas eu creio que sem as florestas, boa parte do Brasil vai virar mesmo é um deserto. Vivemos em um microcosmos terrestre desconhecido, em um planeta que não compreendemos, mas que é construído e operado por meio de sistemas sofisticadíssimos. Precisamos prestar atenção nessa tecnologia natural e conservá-la. Para o nosso próprio bem.

Publicado em Veja/Ciência em 11/11/2010 (clique aqui)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O MAC vai ao Cinema!

Enviado por Amir Otoni

Segue a programação do Cineclube Núcleo Vida Saudável nos dias 02 (quinta-feira), 04 (sábado) e 05 (domingo) de dezembro de 2010 para conhecimento e divulgação.

Amanhã, dia 02/12/2010 (quinta-feira), às 20 horas, na Sessão Nostalgia, será exibido, primeiramente, o filme curta-metragem "VESTÍGIO". Logo depois será exibido o filme "O BEM AMADO".

E no dia 05/12/2010 (domingo), às 15 horas, será exibido, primeiramente, o filme curta-metragem "DONA CARMELA", com duração de 13 minutos. Logo depois a exibição de outro filme que está em cartaz nos cinemas das principais cidades do país,  TOY STORY 3:

Para se programar: no dia 09 de dezembro (quinta-feira) será exibido o filme QUINCAS BERRO D’ÁGUA.

Importante: todas as sessões são gratuitas e abertas para todos os públicos (crianças, adolescentes, adultos, idosos). com restrição somente pela faixa etária, sendo necessário verificar a classificação. “O Bem Amado”, por exemplo, tem classificação etária recomendada para 12 anos.


Cineclube Núcleo Vida Saudável
Prefeitura Municipal de Pains
37-3323-1313 / 9902-5390



Acordo entre MPF/MG e Gerdau compensará danos ambientais resultantes de mineração

"Atividades da empresa causaram, em 2008, a destruição total de uma caverna situada ao pé da Serra da Moeda. Agora, ela vai ajudar a proteger patrimônio espeleológico de Arcos-Pains.
 
Extraído da página da PGF-MPF (clique aqui)
Publicado em 12/11/2010


Começam nesta segunda-feira, 15 de novembro, trabalhos de campo para o mapeamento das cavidades subterrâneas existentes na Província Calcárea de Arcos-Pains, que abange os municípios de Arcos, Pains, Doresópolis e Iguatama. A pesquisa é resultado de um acordo celebrado em julho deste ano entre o Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) e a empresa Gerdau Açominas.

A Província Calcárea de Arcos-Pains, localizada no centro-oeste mineiro, notabiliza-se por estar inserida em uma região rica em sítios arqueológicos e espeleológicos distribuídos em mais de 800 cavernas. Na verdade, Pains é o município brasileiro com o maior número de cavidades naturais subterrâneas conhecidas: são, em média, duas cavernas por quilômetro quadrado.

O problema é que até hoje não existe um mapeamento dessas cavidades, o que impede a sua classificação e o levantamento das áreas frágeis para efeito de proteção ambiental e concessão de licenciamentos, já que a região é alvo de intensa exploração minerária. 

Pelo acordo celebrado com o MPF, a Gerdau Açominas irá patrocinar projeto de pesquisa científica, que será desenvolvido pela Fundação Educativa de Rádio e Televisão de Ouro Preto (Feop), da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com o acompanhamento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).

O projeto, intitulado "Projeto Arcos Pains-Espeleologia", tem previsão para estar concluído até 1º de março de 2012, com o mapeamento de todas as cavernas existentes na área delimitada pelo órgão ambiental. Os estudos serão feitos através do levantamento e cadastramento de cavidades, de sítios arqueológicos/paleontológicos, da fauna e flora cavernícola, da hidrogeologia, dos fragmentos de mata, das unidades de conservação, dos cursos d'água, dos empreendimentos minerários, pastagens, depósitos de resíduos sólidos, áreas ambientalmente sensíveis e importantes para o equilíbrio ecológico.

"As áreas de ocorrência de cavidades naturais subterrâneas são de fundamental importância para a preservação de aspectos atinentes ao meio ambiente natural, uma vez que, em muitos casos, armazenam água, e por isso são úteis na recarga de aquíferos, rios subterrâneos e lençóis freáticos. Além disso, abrigam espécies animais ou vegetais endêmicas e ameaçadas de extinção, e protegem minerais raros e formações de grande beleza cênica", lembra a procuradora da República Zani Cajueiro.

Compensação ambiental - O termo de ajustamento de conduta firmado pelo MPF com a Gerdau visa compensar danos ambientais causados pelas atividades de mineração da empresa.

Em 2008, acidente ocorrido com a operação de equipamentos pesados resultou na total destruição de uma caverna situada na área de exploração da mina Várzea do Lopes. Situada na divisa dos municípios de Itabirito e Moeda, a cerca de 45 km de Belo Horizonte, a mina faz parte do Quadrilátero Ferrífero, área de intensa atividade de mineração de ferro.

No local, existiam 15 cavidades subterrâneas e a que foi destruída era a terceira maior delas. Laudo de vistoria realizado à época pelo Ibama apontou a relevância daquele patrimônio. Foram encontradas na gruta 52 espécies de invertebrados, dentre as quais "sete apresentavam características troglomórficas, ou seja, modificações típicas de animais que só são encontrados em ambiente cavernícola, tais como despigmentação da pele, redução dos olhos e aumento de estruturas sensoriais".

Segundo o MPF, diante da impossibilidade de recuperação específica do dano, tornou-se necessário estabelecer uma medida compensatória que fosse proporcional à perda sofrida pelo meio ambiente.

A saída encontrada foi direcionar os recursos advindos da compensação ambiental  para a proteção ao patrimônio espeleológico existente em Minas Gerais, em especial aquele localizado nos municípios de Arcos e Pains.

Após a conclusão dos trabalhos, todo o material adquirido para a realização das pesquisas, inclusive veículos, computadores, impressoras, bússolas e aparelhos de GPS, será incorporado ao patrimônio do Ibama."

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal em Minas Gerais
(31) 2123.9008
No twitter: mpf_mg